Boa parte das consultas realizadas pelo endocrinologista pediátrico são referentes a crescimento. Pais que estão preocupados se o crescimento do seu filho encontra-se dentro da normalidade, pois muitos relatam que os filhos são os menores da sala ou não cresce tão bem quanto ao primo que é alguns meses mais novo.
Alguns pontos são importantes para a avaliação do crescimento:
1- velocidade crescimento: o quanto esta criança cresceu ao longo do último ano. Um dado é a criança que é pequena e cresce e, outro, é a que não cresce. Esta velocidade de crescimento depende da idade e do estadiamento puberal.
2- altura dos pais: importante saber se a criança está dentro do canal de crescimento genético. Mesmo crianças que não sejam classificadas como baixa estatura, podem estar abaixo do canal de crescimento familiar, e devem ser investigadas quando ao crescimento. O fato dos pais serem baixos também não exclui a possibilidade da criança ter algum distúrbio de crescimento.
3- peso e estatura de nascimento, condições do parto, vitalidade ao nascimento (Apgar): são diferentes as implicações entre uma criança que nasce prematura ou a termo, se nasceu pequena para a idade gestacional ou adequada para a idade gestacional.
4- co-morbidades: doenças crônicas podem interferir no ritmo de crescimento normal da criança. Um exemplo muito comum são os pacientes que tem o diagnóstico de hipertrofia de adenóides, roncam a noite, ficam doentes frequentemente; quando fazem a cirurgia de adenoidectomia, muitos recuperam o crescimento.
5- uso de medicamentos: o grande exemplo são as crianças que fazem uso frequente de corticóide.
Estes são somente alguns pontos que são avaliados durante a consulta para avaliação de crescimento.
Abaixo estão os gráficos feminino e masculino, a partir de 5anos de idade, é o gráfico da OMS, que recentemente foi adotado pelo Ministério da Saúde.
Estatísticamente, as crianças são consideradas baixa estatura quando a estatura encontra-se abaixo da linha do P5 do gráfico de estatura.