segunda-feira, 23 de junho de 2014

OBESIDADE NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

   OBESIDADE NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 1 - COMO IDENTIFICAR SE A CRIANÇA ESTÁ OBESA


     Atualmente, a obesidade é considerada uma epidemia. Cada vez mais, tanto as crianças como os adultos estão mais e mais acima do que se considera o peso dentro da normalidade. 

     Tanto para o adulto como para as crianças e adolescentes é utilizado a fórmula do Índice de Massa Corporal para identificar e classificar. 




     A conta é a mesma, o que muda são os valores da normalidade, pois na criança e no adolescente o corpo ainda está em fase de transformação; basta comparar as proporções do corpo de uma criança aos 4 anos, com outra de 10anos e o adolescente com 12 anos. Para isso existem gráficos para crianças e adolescentes.

     São consideradas obesas as crianças que o cálculo do IMC encontra-se acima da linha do P97 do gráfico, sobrepeso entre o P85 e P95 e dentro da normalidade entre o P15 e P85.

     Por exemplo, uma menina com 9anos e 6meses, pesando 40,5kg e medindo 134cm, tem IMC: 22,5. Colocando no gráfico, esta criança encontra-se acima do P97, ou seja, está obesa.

Gráfico de IMC para meninas
Gráfico de IMC para meninos

     Faça as contas para o seu filho, pois quanto mais cedo se consegue identificar a criança obesa, maior será o sucesso do acompanhamento.    
  

domingo, 9 de março de 2014

CRESCIMENTO

     Boa parte das consultas realizadas pelo endocrinologista pediátrico são referentes a crescimento. Pais que estão preocupados se o crescimento do seu filho encontra-se dentro da normalidade, pois muitos relatam que os filhos são os menores da sala ou não cresce tão bem quanto ao primo que é alguns meses mais novo.

     Alguns pontos são importantes para a avaliação do crescimento:

1- velocidade crescimento: o quanto esta criança cresceu ao longo do último ano. Um dado é a criança que é pequena e cresce e, outro, é a que não cresce. Esta velocidade de crescimento depende da idade e do estadiamento puberal.

2- altura dos pais: importante saber se a criança está dentro do canal de crescimento genético. Mesmo crianças que não sejam classificadas como baixa estatura, podem estar abaixo do canal de crescimento familiar, e devem ser investigadas quando ao crescimento. O fato dos pais serem baixos também não exclui a possibilidade da criança ter algum distúrbio de crescimento.

3- peso e estatura de nascimento, condições do parto, vitalidade ao nascimento (Apgar): são diferentes as implicações entre uma criança que nasce prematura ou a termo, se nasceu pequena para a idade gestacional ou adequada para a idade gestacional.

4- co-morbidades: doenças crônicas podem interferir no ritmo de crescimento normal da criança. Um exemplo muito comum são os pacientes que tem o diagnóstico de hipertrofia de adenóides, roncam a noite, ficam doentes frequentemente; quando fazem a cirurgia de adenoidectomia, muitos recuperam o crescimento.

5- uso de medicamentos: o grande exemplo são as crianças que fazem uso frequente de corticóide.

    Estes são somente alguns pontos que são avaliados durante a consulta para avaliação de crescimento.

    Abaixo estão os gráficos feminino e masculino, a partir de 5anos de idade, é o gráfico da OMS, que recentemente foi adotado pelo Ministério da Saúde.

    Estatísticamente, as crianças são consideradas baixa estatura quando a estatura encontra-se abaixo da linha do P5 do gráfico de estatura.